quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Inauguração do Laboratório de Geografia Eidorfe Moreira - (LAGEM) / CCSE / UEPA.

        Os professores e os discentes do curso de Geografia da Universidade do Estado do Pará, a partir do dia 14 de novembro de 2017, com a inauguração do Laboratório de Geografia Eidorfe Moreira (LAGEM), no Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE/UEPA), passaram a contar com um novo espaço de pesquisas e estudos referentes ao georeferenciamento, geoprocessamento e a cartografia.
      Resultado dos esforços conjuntos da coordenação do curso, direção de centro, da gestão superior da Universidade e da Câmara dos deputados, na figura do deputado Carlos Bordalo. Uma conquista que proporciona um novo caminho a geografia e, principalmente, a cartografia no Estado do Pará. O que era uma necessidade e um sonho acadêmico, profissional e inclusive, social, tornou-se realidade.
                                                            [ Fonte: GEOCAM, 2017]
        A cartografia se apresenta como essencial à diversos estudos e em diversas áreas do campo científico. Notoriamente, trata-se de uma ferramenta fundamental para se pensar e compreender criticamente acerca das pluralidades espaço-territoriais do Pará, da Amazônia e do Brasil. Com isso,  a cartografia da UEPA, tende a se solidificar em um nível estadual e nacional, tornando-se uma referência na área.

        O nome do Laboratório homenageia um dos principais pensadores da década de 50, do Estado do Pará. Eidorfe Moreira, nascido na Paraíba, em 1912, logo aos 2 anos de idade se mudou para Belém e a partir disso trilhou uma bela trajetória acadêmica, profissional e social. Com uma formação que transita pelo direito, economia, política, é apontado como uma das bases para se compreender a complexidade da região amazônica e como um dos maiores contribuintes a geografia paraense.
        Para o Professor e Coordenador do Grupo de Estudos e Observação Cartográfica da Amazônia (GEOCAM), Carlos Jorge Nogueira, com sólida trajetória em estudos cartográficos,  é um momento de se alegrar e prosseguir o trabalho:
"Sem dúvidas, enquanto geógrafo e cartógrafo, estou muito feliz com essa importante conquista. É algo que sonhamos a bastante tempo.  A partir disso poderemos fazer muito mais, conseguiremos ampliar e qualificar os estudos que já estão se desenvolvendo (...) poderemos criar e seguir novas perspectivas. É uma grande conquista e não devemos esquecer dessa data. Não só a geografia, mas sim a “Uepa”, como um todo, a sociedade paraense.”.

                                                        [ Fonte: GEOCAM, 2017]
     Ainda de acordo com o Coordenador do GEOCAM, o grupo de pesquisas, agradece a oportunidade de no início desse projeto ter participado e garante que isso será prática frequente:
“ Nós do GEOCAM, não podemos deixar de agradecer a oportunidade de ter participado da inauguração direta e indiretamente desse projeto. Produzimos para tal um mapa especial (...) um mapa da Amazônia, suas paisagens e suas dinâmicas territoriais. É muito gratificante vê-lo na parede do laboratório.  De nossa parte, garantimos que a parceira está fechada e ajudaremos no que for preciso”.
 [ Mapa produzido pelo GEOCAM]
         Para Daniel Sombra, professor de Geografia da Instituição, é um momento de ter novos olhares, agradecer e unir forças em busca de um aperfeiçoamento:
“ Em tempos de crises, de cortes de investimentos, ter um laboratório com bons materiais, como é o nosso caso,  é motivo de alegria e de agradecimento. Eu parabenizo a todos os envolvidos, a cada esforço feito (...) gestões, coordenação, direção, docentes e discentes. Estão todos de parabéns! (...) É de se comemorar!  Agora iniciamos um novo caminho, precisamos unir forças, deixar de lado divergências e pensar no nosso curso de geografia, na comunidade acadêmica, na sociedade paraense e amazônida”.
                                                                 [ Fonte: GEOCAM, 2017]
           Além disso, de acordo com o professor Daniel, as aulas se tornarão mais completas e eficazes:
“ Para além dos produtos cartográficos, como mapas, base de dados, não podemos esquecer de um dos maiores ganhos: a sala de aula. Agora os futuros geógrafos (...) os geógrafos em formação, terão um local pra prática, não somente a parte teórica (...) isso, sem dúvidas, significa um ganho qualitativo incalculável “.

O LAGEM é formado por produtos de elevada qualidade, como móveis confortáveis,  15 computadores completos, que possibilitam a instalação e o manuseio dos  melhores softwares da atualidade, assim como um retroprojetor que tornarão as aulas mais dinâmicas e permitirão a criação de produtos de elevada qualidade, além de oferecer oportunidades de realização de pesquisas de alto padrão.
                                                          [ Fonte: GEOCAM, 2017]
Grupo de Estudos e Observação Cartográfica da Amazônia (GEOCAM);

Belém - Pará, 2017.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A IMPORTÂNCIA DO CIRCUITO RURAL-URBANO DOS TRANSPORTES PARA A ECONOMIA DE IGARAPÉ-AÇU

Nos dias 31 de outubro e 1 de novembro, o Prof. Carlos Jorge N. de castro, líder do Grupo de Estudos e Observação Cartográfica da Amazônia – GEOCAM, auxiliado pelos pesquisadores do grupo J. Filho e Nonato Gonçalves, percorreram diversas localidades dos municípios de Igarapé-Açu, Maracanã, Marapanim e Magalhães Barata com o objetivo de identificar as rotas dos transportes (ônibus, micro-ônibus e vans) que integram-se por fluxo com a cidade de Igarapé-Açu.
                                 Fig. 01 - Ônibus Transporte Rural-Urbano na Estrada do Prata.
                                         Fonte: Geocam, 2017.
Em uma etapa anterior a esse trabalho de campo, nos dias 04 e 11 de setembro foi feito um levantamento prévio com os motoristas/proprietários de ônibus que atendem as localidades rurais viabilizando um fluxo significativo em direção a sede do município. Ainda, nessa primeira atividade, foram coletados dados sobre essas rotas de ônibus, como: origem, destino, linha, proprietário, quantidade de ônibus, horário, identificação do ônibus e valor médio da passagem.
Entre as várias conversas informais com os agentes supracitados, destacamos a fala do Sr. Eneílson Nunes (filho do Sr. Enéas Simão), um dos proprietários da Empresa Miguel Tur, a maior do segmento no município de Igarapé-Açu:
“Os passageiros vêm à cidade para negociar algum produto produzido em seu terreno, vem receber aposentadoria; mas a maioria, vem mesmo é fazer compras em supermercados ou comprar algum produto para sua casa em loja. O que chama atenção, é que ao invés da gente presenciar por exemplo, grande volume de farinha para ser vendido na cidade vindo das localidades, se ver ao inverso, pessoas comprando farinha para abastecer ou sua família ou seu pequeno estabelecimento comercial” (Trecho extraído de conversa informal em 11/09/2017).
Após esse processo inicial, visitamos as localidades dos municípios inseridos nessa dinâmica de interações espaciais que reverbera em analisar e compreender a centralidade e influência econômica de Igarapé-Açu. 
Muito enriquecedor aos propósitos da pesquisa foram os relatos de alguns moradores da localidade de Marudazinho (Marapanim) que concedeu ao GEOCAM importantes relatos em entrevista, conforme a imagem a seguir: 
                                Fig. 02 - Entrevista na Comunidade de Marudazinho - Marapanim
                                          Fonte: Geocam, 2017.
De acordo com seus entendimentos geográficos, fez-nos compreender essa leitura e, também recuperar significativamente a história desse circuito que outrora contribuiu/contribui com a importância geográfica e econômica da cidade Igarapé-Açu nessa porção do Nordeste Paraense, conforme relatou o Sr. Antônio Melo, Agente de Saúde da Vila de Marudazinho município de Marapanim:
“Antigamente, segundo minha mãe, os moradores faziam sua produção local e iam à pés para vender em Igarapé-Açu, cortando caminhos e estradas. Depois, surgiram algumas embarcações, onde 03 (três) proprietários destas atendiam a comunidade via rio Marapanim. Em seguida, com a construção da ponte sobre o rio Marapanim entre Matapiquara e Cristolândia, extinguiu-se as embarcações que outrora faziam esse fluxo. Com isso, surgiram as rotas terrestres que partem para a cidade de Marapanim três vezes por semana. Mas, a nossa produção, o recebimento de aposentaria, as despesas do funcionalismo público, as compras, tudo é em Igarapé-Açu em decorrência da posição geográfica (...) as empresas que atendiam a comunidade com destino a Belém eram: São João, Trans Arapari, Estrela Azul, Modelo e Sucesso. Hoje, continua a Modelo, e para igarapé-Açu é Wall Transportes com dois horários, manhã e tarde” (Trecho extraído de conversa informal em 01/11/2017).
De acordo com o relato acima, percebemos a importância de Igarapé-Açu para essa localidade por oferecer melhor estrutura em relação a serviços e ao comércio. Também observamos a mudança da via de circulação em contextos diferentes. No primeiro momento, haviam conexões sem estrutura por meios de caminhos e estradas; depois temos rio como vetor de circulação; e hoje, destacamos as estradas pavimentas ou não, mas que oferecem maior dinâmica na economia local através dos transportes.
Na visitação, destacamos as localidades/comunidades de Porto Seguro, Tapiaí, Seringal, Livramento, São Luís, Curi, São Jorge do Jabuti/KM 18 e Santo Antônio do Prata (Igarapé-Açu); Vila São Benedito/KM 19 e Boa Esperança (Maracanã); Marudazinho e Matapiquara (Marapanim); Prainha e Arraial (Magalhães Barata), conforme a Representação Cartográfica a seguir:
                         Mapa 01  - Área de Abrangência do Circuito Rural-Urbano de Igarapé-Açu.
                                      Fonte: Geocam, 2017.
A partir dessas localidades partem as rotas de ônibus que interligam diretamente as mesmas com a cidade de Igarapé-Açu e, também atendem indiretamente outras inúmeras localidades espalhadas às margens das rodovias estaduais ou estradas vicinais adjacentes com conexão utilizando motocicletas, bicicletas e até canoas. 
                               Fig. 03 -  Trapiche na Comunidade de Porto Seguro - Igarapé-Açu.
                                          Fonte: Geocam, 2017.
Merece destaque pela influência indireta a cidade de Magalhães Barata reforçando e consolidando esse circuito rural-urbano mostrando que a influência de Igarapé-Açu excede seus limites territoriais.
Por falar nos percursos das rodovias e estradas, observamos e ao mesmo tempo fazendo uma análise preliminar sobre as transformações espaciais que vem sofrendo a paisagem regional. Nesse processo, principalmente na área de abrangência de Igarapé-Açu, destacamos o intenso cultivo do dendê, cultura que vem monopolizando as atividades agrícolas da região, deixando em um patamar secundário, a pimenta-do-reino, a pecuária e as culturas de subsistência. 
                            Fig. 04 - Vias de Dendê no Espaço Agrário de Igarapé-Açu.
                                         Fonte: Geocam, 2017.
No entanto, essa é uma discussão que será abordada em outro momento quando retomaremos a análise com novas percepções sobre a expansão e territorialização da dendeicultura com ênfase nas Transformações Espaciais abarcado pelo Sistema Produtivo do Dendê, objeto de pesquisa de J. Filho; as Transformações no Circuito Produtivo das Comunidades Pesqueiras, com objeto de pesquisa de Nonato Gonçalves; e do Sistema de Transporte Rural-Urbano nos Municípios da Região de Integração do Guamá,  conforme o Projeto Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, subprograma PIBIC-FAPESPA-2017, que tem como proponente, Carlos Jorge N. de Castro.
                                 Fig. 05 - Equipe de Campo na Comunidade de Prainha - M. Barata.
                                         Fonte: Geocam, 2017.
As visitas nas comunidades citadas acima, possibilitou um outro olhar sobre as dinâmicas presentes nos municípios de Igarapé-Açu, Magalhães Barata, Maracanã e Marapanim, obviamente outros fenômenos e processos estão em curso e metamorfoses. Mas certamente, são possíveis de serem desvelados pela prática de pesquisa de campo, e este é o projeto do Grupo de Estudos e Observação Cartográfica da Amazônia.
Fonte: GEOCAM

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

GEOCAM PROMOVE PRIMEIRO CURSO DE CARTOGRAFIA: " SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA E O GEOPROCESSAMENTO APLICADO À ANALISE TERRITORIAL"; EM IGARAPÉ-AÇU.

O Grupo de Estudos e Observação Cartográfica da Amazônia – GEOCAM, realizou nos dias 21 e 22 deste mês, o seu primeiro minicurso de cartografia, intitulado:Sistema de Informação Geográfica e o Geoprocessamento Aplicado à Analise Territorial”, com o uso do Software Quantum Gis [Versão 2.18 – Las Palmas], como forma de integrar os seus membros e sobretudo, de trazer novas proposições de pesquisa a eles e de aperfeiçoar suas capacidades cartográficas.
Dessa vez o local escolhido foi o Laboratório de Informática (INFORCENTRO) da Fazenda Escola da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), localizado no município de Igarapé-Açu, que foi cedido, com grande satisfação pelo Sr. Luiz que é o Gerente-Geral. Seu apoio foi fundamental para o desenvolvimento da atividade, principalmente por se tratar de um ambiente com uma excelente estrutura.
O coordenador do GEOCAM – Prof. Msc. Carlos Jorge, ministrou o estudo, com o foco em temáticas atuais, atentando-se a necessidade de se articular a teoria à prática:
“(...). Sem dúvidas é preciso articular a teoria à prática, afinal a cartografia não se limita ao software, seja o Quantum Gis ou o próprio ArcGis. As ferramentas cartográficas, os softwares mais modernos, teoricamente, são simples de se manusear, a grande questão é a prática, o exercício diário, não esquecendo, é claro, da teoria, no caso, a nossa tão importante geografia”.
Assim, de forma bem estruturada e gradual, estabeleceu seu plano de ensino, o que surgiu de diálogos entre os líderes do GEOCAM, como afirma o Prof. Carlos Jorge
“Depois de conversas com o amigo e também um dos líderes do grupo, professor Daniel Sombra, percebemos que existem temas na atualidade, que carecem de um olhar mais geográfico e cartográfico. Então, optamos, por uma análise mais territorial, tratando de problemas ambientais como o desmatamento, queimadas florestais, e a própria poluição hidrográfica (...) Não esquecendo também da importância de se entender o próprio software em si, suas funções e ferramentas ”.
Em outro momento, o Coordenador, não escondeu a sua felicidade ao presenciar com orgulho (orgulho positivo) os primeiros passos do grupo:
“Fico muito feliz por perceber que os integrantes do grupo abraçaram a ideia de tentar fortalecer um ramo que é tão fragilizado na nossa instituição. É um pequeno passo, dentre muitos que daremos juntos. Eu agradeço a todos que participaram desse momento”. 
Os participantes se mostraram bastante animados com a oportunidade de se aprender um pouco mais sobre a cartografia, como afirma a Luana Assunção (egressa da Universidade do Estado do Pará e pesquisadora do GEOCAM):
 “Eu acredito que esse curso foi muito proveitoso (...) pois além da gente aprender a manusear o software, entender como a gente pode usar o geoprocessamento nas nossas pesquisas geográficas, mas também pra gente repensar, pra gente refletir que tipo de pesquisas nós podemos desenvolver daqui pra frente” (Luana Assunção, 2017).
Adiante, complementa a discente de Geografia da Universidade do Estado do Pará, Kyala Pimentel:
“É sempre bom aprender um pouco mais sobre a cartografia, ainda mais quando se tratam de questões tão emergentes, como as ambientais. Torço pra que ainda tenham muitos cursos pela frente, pois será engrandecedor" (Kyala Pimentel, 2017).
Na ocasião, além dos membros do GEOCAM, participaram discentes da Universidade do Estado do Pará (UEPA) que foram convidados. O que faz parte do ideal do grupo: ofertar, na medida do possível, possibilidades ao maior número de pessoas.
A discente de Geografia Karla Moura, uma das convidadas/agraciadas, comentou acerca disso:
”O grupo de pesquisas deve ser aberto, ele deve ter um caráter em prol da comunidade acadêmica como um todo. Sei que é muito complicado e admiro muito a sua disponibilidade de está aqui dois dias seguidos. Não é todo mundo que tem essa coragem, essa força de vontade. É só agradecer” (Karla Moura, 2017).
Como uma de suas últimas falas nos dois dias, o coordenador do grupo ressaltou alguns dos objetivos do curso:
“A nossa intenção maior é que cada discente ou cada membro do grupo tenha a condição de ofertar e ir a comunidade. Se cada aluno passar por esse processo inicial, de compreender o software de aprender, será possível formar profissionais capacitados “.
Ao fim, agradecemos a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA – Igarapé-Açu), a Universidade do Estado do Pará (UEPA), em especial ao Campus Universitário de Igarapé-Açu (Campus –X) , o qual o Grupo de Estudos e Observação Cartográfica da Amazônia (GEOCAM) é amparado por esta Instituição de Ensino Superior (IES), junto a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Bibliografia
CASTRO, Frederico do Valle Ferreira. Cartografia Temática. Belo Horizonte. UFMG, 2004.
Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/30482262/apostila-cartografia-tematica-frederico-valle
FITZ, Paulo Roberto. Geoprocessamento Sem Complicação. São Paulo. Oficina de Textos, 2008.
Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/23419306/geoprocessamento-sem-complicacao---paulo-roberto-fitz

TEXTO: GEOCAM (2017).

segunda-feira, 29 de maio de 2017

COORDENADOR DO CAMPUS E REPRESENTANTE DO GEOCAM-UEPA CONCEDE ENTREVISTA À RÁDIO COMPANHEIRA FM 87.9 DE IGARAPÉ-AÇU

No último sábado, 29 de maio, o professor de geografia e coordenador do Campus Universitário da Universidade do Estado do Pará- UEPA de Igarapé Açu, Carlos Jorge, participou do programa “J. Filho Show”, pela Rádio Companheira, 87.9 FM, de Igarapé Açu.
Em uma conversa bastante construtiva, acompanhada de boas músicas, ao lado do Geógrafo e Radialista J. Filho tratou sobre diversos temas, como sua gestão universitária, sua trajetória acadêmica e de seus novos projetos, como a criação recentemente do Grupo de Estudos e Observação Cartográfica da Amazônia – GEOCAM.  Na oportunidade pode-se levar ao conhecimento da comunidade local os resultados das pesquisas desenvolvidas no Campus Universitário de Igarapé-Açu.
Geógrafo, formado pela Faculdade de Geografia e Cartografia da UFPA, o professor tem ao longo de suas pesquisas, como uma de suas bases estudos, a cartografia:
“Desde cedo, tive grande proximidade com a cartografia. Na Graduação, realizei estudos voltados ao Sistema de Informação Geográfica (SIG) e ao Sistema de Transporte de Passageiros, onde tratei de 20 linhas de ônibus que integram a Universidade Federal do Pará (UFPA). Já na Especialização em Geoprocessamento e Ordenamento Territorial pela Faculdade São Marcos (FASAMAR), aprofundei os conhecimentos em Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto. No Mestrado, realizei uma Análise sobre as territorialidades das empresas de Transporte Urbano da Região Metropolitana de Belém (2000-2012), apresentando mudanças e continuidades nas atuações dos Agentes Transportadores. No Doutorado estamos avançando na pesquisa acerca do Transporte Rodoviário do Nordeste Paraense, mas a pesquisa encontra-se em curso(...) “
Como forma de gratidão, o professor, lembrou dos órgãos onde trabalhou e dos projetos de pesquisas que auxiliaram em seu crescimento profissional e pessoal:
No decorrer de minha graduação, tive a oportunidade atuar em órgãos como o Instituto de Terras do Pará – ITERPA, onde desenvolvi habilidades em georeferenciamento e regularização fundiária. Tive o orgulho de estagiar no Laboratório de Análise da Informação Geográfica – LAIG/UFPA, onde acompanhei projetos de pesquisa de mestrado e doutorado dos pesquisadores das mais diversas áreas do conhecimento, que nos desafiaram a ampliar os horizontes da pesquisa. Participei ainda do Programa Fortalecer, que visava o acompanhamento de acadêmicos da UFPA nas escolas da Rede Estadual de Educação, em uma parceria UFPA/SEDUC. Também fui integrante do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) onde seguia as orientações do Programa Fortalecer, mas a fonte dos recursos passou a CAPES.
Outro tema abordado ao longo da entrevista, foram os frutos dos estudos realizados no Campus Universitário de Igarapé Açu, sob a sua orientação:
“(...) Ao longo desses 3 anos atuando na Universidade do Estado do Pará (UEPA) tive a oportunidade de orientar 8 pesquisas e acompanhar umas dezenas de trabalhos, dentre os temas observa-se uma forte tendência para: problemáticas voltadas ao ensino e ao ensino de geografia; análise das dinâmicas urbanas; analises ambientais. Bem como levantamentos cartográficos, a exemplo da pesquisa recente que abordou o comportamento criminal, na temática homicídios, na cidade de Castanhal nos anos de 2014 e 2015, no qual foi realizado o levantamento destas ocorrências via ferramentas de geoprocessamento”.
Como uma de suas mais recentes conquistas, fruto de inúmeros debates acadêmicos, Carlos Jorge, fala com orgulho da criação de seu grupo de pesquisas, projeto de anos:
“Bem... o Grupo de Estudos e Observação Cartográfica da Amazônia – GEOCAM, tem como objetivo estimular aos acadêmicos da Universidade do Estado do Pará (UEPA) que possuem afinidades com o conhecimento cartográfico, a desenvolverem estudos que revelem as principais questões para as regiões do estado. Temos desenvolvido estudos para melhor compreender o processo de formação dos municípios do nordeste paraense, que seguiram um padrão de ocupação [municípios da zona litorânea, Rio Guamá, e municípios formados ao longo da Estrada de Ferro de Bragança]. Há muito para se revelar para gerações futuras, resta geografia não ficar apenas nos relatos falados, devem ser escritos e compor um acervo para pesquisa futuras(...)”.
Na oportunidade o Geógrafo falou ainda do livro “Belém dos 400 anos: analises geográficas e impactos antropogênicos na cidade que será lançando no período de 27 maio a 4 de junho no Hangar, em Belém, durante a 21° Feira Pan-Amazônica do Livro, onde possui um capítulo de sua autoria “Belém e a formação da cidade tomando como princípio a atuação dos Agentes do Sistema de Transporte Urbano”. Além de convidar a sociedade de Igarapé-Açu e região para participar da XIII Semana Acadêmica do Campus Universitário de Igarapé-Açu que terá como tema – Reflexões sobre a formação do professor no contexto multicultural: discursos e saberes. Na ocasião também ocorrerá o I Seminário do PIBID da Região Nordeste Paraense – Igarapé-Açu, que ocorrerá no período de 05 à 09 de junho de 2017.
Por fim, o líder do GEOCAM, reservou alguns instantes para agradecimentos a Rádio Companheira FM, ao radialista J. Filho e a toda comunidade local:
“ É tempo de agradecer... Agradecer todos os ouvintes da Companheira FM, a Você J.Filho, aos nossos servidores do Campus Universitário de Igarapé-Açu, que contribuem dia pós dia para o desenvolvimento acadêmico dos discentes e docentes da Universidade do Estado do Pará, esse é o nosso compromisso com Igarapé-Açu e região”.
Ao fim da entrevista o Professor Carlos Jorge conheceu as instalações da Rádio 87.9 FM, de Igarapé Açu.

Agradecemos a neste momento ao Radialista J. Filho e a Radio Companheira 87.9 FM, de Igarapé Açu pela oportunidade concedida.
Um Forte Abraço!!!
Texto elaborado por - Carlos Jorge Nogueira de Castro e Rafael Henrique Maia Borges.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

GEOCAM – Diretrizes do Grupo, Pesquisadores, Acadêmicos, Linhas de Pesquisa, Projeção de Grupo.

Ao longo dos anos a cartografia, suas ferramentas analógicas e digitais, fundamentam-se como essenciais as diversas ciências, em especial a geografia. Apresenta-se, ainda, como um importante elemento para a compreensão das realidades sociais, a partir, primordialmente, de suas representações cartográficas.

Nos últimos anos após analises nos cenários brasileiro, amazônico e paraense, percebeu-se a necessidade da realização de mais estudos, dentre eles os geográficos, que proporcionassem o entendimento, principalmente a partir do viés cartográfico, de suas realidades. Assim, surge a proposta de construção deste grupo de pesquisa, intitulado: “Grupo de Estudos e Observação Cartográfica da Amazônia” – GEOCAM”

Após inúmeros debates acadêmicos, percebeu-se a necessidade de se discutir acerca da cartografia amazônica. Assim, no mês de abril de 2017 solicitou-se junto a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp) da Universidade do Estado do Pará (UEPA) a oficialização, via cadastro do GEOCAM junto a diretório de Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (por sigla manteve-se CNPQ)[1], que teve sua oficialização no dia 15 de maio de 2017.

O grupo reúne inicialmente 14 integrantes, sendo eles, em sua maioria estudantes de geografia e que possuem proximidade a cartografia:

Pesquisadores- Coordenadores

Carlos Jorge Nogueira de Castro - Líder

Professor Efetivo de Cartografia na Universidade do Estado do Pará (UEPA). Coordenador do Campus Universitário de Igarapé-Açu (Campus X - UEPA). 
Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO), na Área de Concentração: Organização e Gestão do Território, linha de pesquisa Dinâmicas da Paisagem na Amazônia; Programa de Pós-Graduação vinculado a Universidade Federal do Pará (UFPA). 
Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO), na Área de Concentração: Organização e Gestão do Território, linha de pesquisa Dinâmicas Territoriais na Amazônia; Programa de Pós-Graduação vinculado a Universidade Federal do Pará (UFPA). 
Especialista em Geoprocessamento e Ordenamento Territorial (FASAMAR), com ênfase no Geoprocessamento voltado ao Transporte Público. 
Graduação em Geografia (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Federal do Pará (UFPA), com ênfase na Área de Pesquisa: Geografia e Transportes, com uso da Cartografia e de suas ferramentas no Geoprocessamento. 
Pesquisador junto ao Grupo: Ordenamento Territorial, Espaço Urbano e Violência na Amazônia Vinculado a Universidade do Estado do Pará (UEPA), com pesquisa nas área de: Dinâmica do Território e as transformações no espaço nas áreas dos projetos mínero-metalúrgicos e infra-estruturais e Ordenamento Territorial, Relações de poder e Violência na Grande Belém. 
Pesquisador junto ao Grupo Acadêmico de Produção de Território e Meio Ambiente na Amazônia (GAPTA), vinculado a Universidade Federal do Pará (UFPA), com Pesquisas nas Áreas de Transporte (Urbano e Rural), Cartografia (Analógica e Digital), Planejamento e Gestão.

Daniel Araujo Sombra Soares – Vice Lider

Graduado em Bacharelado/ Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus Belém-PA, com graduação sanduíche pela Michigan State University (MSU), Campus Lansing-MI, EUA. 
Mestre em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Campus Niterói-RJ. 
Servidor Público Federal, atuando como Geógrafo no Núcleo de Meio Ambiente (NUMA) da Universidade Federal do Pará (UFPA). 
Colaborador do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR) pela UFPA, atuando como Professor Formador 1. 
Professor Substituto de Geografia, vinculado do Departamento de Filosofia e Ciências Sociais (DFCS) da Universidade do Estado do Pará (UEPA).

Pesquisadores- Membros 

Clicia da Silva Santos
Licenciada em Geografia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA)
Pesquisa Desenvolvida - O processo de urbanização e suas implicações nos cursos d’águas urbanos do município de Igarapé-Açu-PA (2015).

João de Souza Barros Filho
Licenciado em Geografia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA)
Pesquisa Desenvolvida -  A expansão da dendeicultura no nordeste paraense: a territorialização da Palmasa no município de Igarapé-Açu.

Luana de Araújo Assunção
Licenciada em Geografia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA)
Pesquisa Desenvolvida - A Expansão da Malha Urbana e Ocupações Recentes na Cidade de Igarapé-Açu-PA (2015).

Valter Pinheiro da Costa
Licenciado em Geografia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA)
Pesquisa Desenvolvida - Ocupação urbana na orla da cidade de Maracanã-PA: tensões, conflitos e possibilidades para uma gestão integrada.

Acadêmicos

Enderson Santos Silva
Acadêmico do Curso de Geografia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) - Campus Igarapé-Açu.

Hudson Mesquita Campos
Acadêmico do Curso de Geografia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) - Campus Igarapé-Açu.

João Victor da Silva Oliveira
Acadêmico do Curso de Geografia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) - Campus Igarapé-Açu.

Kyala Margalho Pimentel da Silva
Acadêmica do Curso de Geografia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) - Campus Belém.

Lucas da Costa Monteiro Andrade
Acadêmico do Curso de Geografia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) - Campus Belém.

Nonato Sousa Gonçalves
Acadêmico do Curso de Geografia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) - Campus Igarapé-Açu.

Rafael Henrique Maia Borges
Acadêmico do Curso de Geografia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) - Campus Belém.

Rodrigo Dos Santos Sá
Acadêmico do Curso de Geografia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) - Campus Igarapé-Açu.

Desse modo, o propósito inicial do grupo é o estudo acadêmico e sistematizado, pautado no tripé universitário: ensino, pesquisa e extensão. Tornando possível, principalmente, a execução de atividades e ações de qualidade, como a produção e análise cartográfica, elaboração de artigos, relatórios e a construção de materiais didático-pedagógicos que possibilitem o amadurecimento acadêmico no que trata das ciências Cartográfica, da Informação e da Geoinformação, alicerçada na base da ciência Geográfica.
O GEOCAM terá como principais linhas de pesquisas:
ü  Cartografia: conceitos e aplicações metodológicas;
ü  Cartografia Temática: elementos semiológicos e Projeto Cartográfico;
ü  Novas tecnologias e Geoinformação: metodologias para a sistematização de dados com Fundamentos de Geografia Física, de Geoprocessamento e Interpretação de Imagens para estudos areais;
ü  Cartografia Digital e Ensino de Cartografia: inserção de materiais didáticos-pedagógicos.

O grupo surge com a ideia de que existirão muitos desafios pela frente, mas com a certeza de que com dedicação, seriedade e respeito, muito se alcançará, não somente a nível acadêmico e profissional, mas também pessoal e, sobretudo, social.  

Destarte, é com este compromisso que nos apresentamos, como um Grupo de Pesquisa de caráter Acadêmico, que tem como Projeção a leitura de processos e o processo de desvelamento cartográfico da realidade Amazônica e dos processos socioespaciais presentes nas análises geográficas.


Texto elaborado por - Carlos Jorge Nogueira de Castro e Rafael Henrique Maia Borges.

___________________

[1] - CNPQ é a sigla de Conselho Nacional de Pesquisa, que atualmente é chamado de Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. É um órgão público que tem o objetivo de incentivar a pesquisa no Brasil.

AMAZÔNIA: CARTOGRAFIA E ANÁLISE DIDÁTICA DO ESPAÇO AGRÍCOLA

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