terça-feira, 27 de outubro de 2020

Quantum Gis: Desenho Escalonado e análise da Produção de Dendê R.G.I. de Castanhal, em 2017


O vídeo é uma produção do Grupo de Estudos e Observação Cartográfica da Amazônia (Geocam), apresentando os resultados iniciais da pesquisa intitulada: "Projeto Cartográfico: Produção de Recursos Didáticos em Geografia, na Região Geográfica Imediata de Castanhal" coordenada pelo Geógrafo Prof. Dr. Carlos Jorge Nogueira de Castro, da Universidade do Estado do Pará (UEPA) do Campus Universitário de Igarapé-Açu (Campus - X). A pesquisa é financiada pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp), vinculada ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica e de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBIC) a partir do Sub-programa: PIBIC / FAPESPA, motivo pelo qual a aluna bolsista: Railana Oliveira da Silva (do curso de Geografia) desenvolve suas atividades pautadas ao atendimento dos objetivos do projeto.

O vídeo apresenta elementos iniciais do processo de inserção de desenhos escalonados em Sistemas de Informação Geográfica (SIG's) tendo ao mesmo tempo, um caráter técnico com a finalidade de uso didático pelos professores de Geografia, quando no processo ensino e aprendizagem. Para melhor ilustrar os procedimentos, foram analisados os resultados da produção, em toneladas, do cultivo de Dendê no ano de 2017, nos 14 municípios que compõem a Região Geográfica Imediata de Castanhal.

Diante ao exposto, o vídeo tem compromisso com a pesquisa apresentando elementos iniciais, porém significativos e necessários ao processo de leitura do espaço geográfico, no contexto agrícola. O mesmo, apresenta pretensões de ser um instrumento didático e pedagógico na estrutura do plano de desenho que compõem o Projeto Cartográfico pensado para o desenvolvimento da pesquisa, que encontra-se no estágio inicial.

DIÁLOGOS COM A PESQUISA 

Para João Barros Filho pesquisador membro do Grupo Geocam discute  A Expansão da dendeicultura no nordeste paraense: a territorialização da Palmasa no município de Igarapé-Açu.

Para a compreensão dos processos inerentes ao sistema produtivo do dendê e sua dinâmica nas relações com a agricultura familiar, bem como no impacto socioeconômico no município de Igarapé-Açu, Nordeste Paraense, Barros Filho e Costa (2015) afirmam que tais transformações ocorrem, principalmente, a partir da implantação e territorialização da Palmasa, na aquisição e uso terras voltadas, inicialmente ao cultivo de pimenta-do-reino e frutíferas diversas, depois direcionado à produção dendeícula, potencializada por incentivos/investimentos públicos visando maior participação em um cenário econômico mais competitivo. Por outro lado, essa lógica reverberaria em significativas mudanças na paisagem e também no modo de vida dos agentes campesinos, mostrando suas possibilidades e contradições no espaço agrário local.

Nesse contexto, os autores supracitados enfatizam a dendeicultura na Amazônia, onde o Pará está em posição geográfica e econômica privilegiada, elevando o mesmo ao patamar de maior produtor nacional de dendê. Nesse cenário, o Nordeste Paraense merece destaque, pois desfruta dos condicionantes e potencialidades naturais e territoriais necessários a produção de óleo de palma. Daí o surgimento de grandes grupos econômicos voltados, em primeiro momento, ao setor alimentício, e em seguida, galgando o mercado exterior na produção do biodiesel como fonte energética, remetendo a esta região, conforme Castro (2017) o padrão intermediário de ocupação “estrada - terra-firme – solo”.

Reforçam ainda que, a Palmasa, empresa com mais de trinta anos desde sua implantação, vem mostrando força e com isso busca manter-se competitivo no mercado alavancando e agregando valor a sua produção através da verticalização. Por outro lado, a agricultura do município de Igarapé-Açu, desfavorecida em âmbito setorial, convive com incertezas devido ao aporte inferior de investimento e políticas públicas. Dessa forma, nessa parcela territorial, da Região Geográfica Imediata de Castanhal, é nítido que o sistema produtivo do dendê é visivelmente beneficiado, devido ao apelo “sustentável” que incorpora os aparatos financeiros e técnicos para a estabilidade dessa monocultura.

Bibliografia

CASTRO, Carlos. “BELÉM: da Formação da Cidade à Atuação dos Agentes do Sistema de Transporte Urbano.” Em Belém dos 400 anos: Análises Geográficas e Impactos Antropogênicos, por Christian Nunes da Silva, Luziane Mesquita da Luz, Franciney Carvalho da Ponte e José Edilson Cardoso Rodrigues, 275-296. Belém: GAPTA-UFPA, 2017.

CASTRO, Carlos. PROJETO CARTOGRÁFICO E A PESQUISA: a implementação da escrita gráfica nos princípios geográficos e o tripé Geografia – Cartografia – Geoinformação. Revista de InterEspaço, v. 5, p. 38-53, 2017.

http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/interespaco/article/view/12337

BARROS FILHO, João de Souza; COSTA, José Adrielson dos Santos. A Expansão da dendeicultura no nordeste paraense: a territorialização da Palmasa no município de Igarapé-Açu, 2015. 106 pág. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Licenciatura Plena em Geografia) – Universidade do Estado do Pará, Igarapé-Açu.

Texto - Geocam (2020)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

PESQUISADOR DO GEOCAM OFERTA CURSO NA XII SEMANA ACADÊMICA DE CASTANHAL

  Ocorreu no dia 13 de novembro de 2024, a  XII Semana Acadêmica do Campus Universitário de Castanhal (Campus XX) da Universidade do Estado ...